A Importância de Estabelecer Limites Saudáveis
- Isabella Faria
- 28 de mar.
- 1 min de leitura

Onde terminam meus direitos e começam os seus? Onde meus sonhos deixam de ser só meus para se tornarem nossos? Essas perguntas, que ecoam como versos de um poema não escrito, revelam uma verdade profunda: estabelecer limites é uma arte delicada, tão necessária quanto respirar. Assim como um rio precisa de margens para não se perder em inundações, nós precisamos de fronteiras claras para não nos dissolvermos nas demandas alheias.
Muitas pessoas crescem com a ideia de que dizer "não" é egoísta, como se cuidar de si fosse uma traição aos outros. Mas, parafraseando o poeta Khalil Gibran, "no amor, deixem haver espaços em vossas juntas" – porque é nesse vão que cresce o respeito, a individualidade e o afeto verdadeiro. Aqui, compreendemos que os limites não são muros, mas pontes construídas na dialética entre o eu e o mundo. Quando nos faltam, tornamo-nos estrangeiros de nós mesmos, incapazes de nomear nossos desejos e necessidades.
Que tal começar com gestos simples, como escrever um "não" no caderno e sentir seu peso libertador? Ou observar, como diria Drummond,"no meio do caminho tinha uma pedra" – e decidir se a contornamos, a removemos ou a transformamos em degrau? A terapia pode ser esse lugar de descoberta, onde aprendemos a desenhar nossos mapas internos com traços firmes, mas compassivos.
Limites são a geografia da alma: quando bem demarcados, não impedem a passagem, apenas ensinam como pisar com cuidado.
E você, como tem cuidado das suas fronteiras afetivas? Agende uma conversa para explorarmos juntos esse território.